11 de setembro é um dia que sempre me deixa um pouco mais introspectivo. Às vezes eu expresso isso neste blog e às vezes abordo as coisas de forma mais leve – na verdade, é tudo uma questão de meu humor no momento. Mas dado que teremos outra eleição presidencial nos EUA dentro de alguns meses, sendo precedida por uma série de mudanças, isso tem-me feito pensar sobre o quão poderoso é o medo.
Diante do perigo para o seu modo de vida, seja real ou percebido, que extremos uma pessoa pode estar disposta a ir para lidar com essas emoções negativas? Quantas pessoas se acham prontas para jogar os outros debaixo do ônibus em momentos de desespero? E quantos estão dispostos a fazê-lo e só precisam de uma desculpa? Por que temos medo dos estrangeiros ou dos pobres por causa da possibilidade de crimes mesquinhos e violentos, enquanto golpistas em belos ternos roubam nossos bolsos sob o pretexto da lei? E por que é tão fácil tornar-se cínico e cansado ao ponto da estase e da inação, ou confundir avidamente justiça com vingança?
Por mais frustrante que tudo isso possa ser, acho que preciso lembrar que somos todos humanos, e não quero dizer isso em nenhum sentido elevado. Os humanos são simples e complicados, e realmente não sabemos o que alguém fará quando a situação chegar. Posso pensar o quanto quiser que faria a coisa certa, mas talvez não. Talvez eu não esteja. E talvez as gerações passadas estejam perpetuando o que funcionou no passado, só que estão introduzindo muitos traumas geracionais no processo.
Acho que meu desejo é que, sejam as tragédias do passado e do presente, ações terríveis não incutam em nós o desejo de tirar a personalidade inerente de alguém-como se estivéssemos apenas esperando por um grupo de pessoas façam algo ruim para que possamos pintar todo o grupo com um pincel. A crítica é importante. O protesto é vital. Mesmo a raiva não deve ser sufocada só porque é uma emoção negativa. Mas só quero que as pessoas partam da posição de que a humanidade não é um jogo de soma zero.